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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cap. 15 - O destino


...

- Que números são esses?
Ninguém entendia nada... Eu não respondi nada a ninguém... Apenas segui em direção a minha cabine, precisava ligar para a minha mãe... Foi o que eu fiz.
Deixei todo mundo com cara de espanto para trás, cheguei na minha cabine, estava vazia, o hondurenho mafioso que morava comigo, chamado Victor, não estava lá, devia estar esperando receber o salário também. Peguei meu cartão telefônico do navio, que já vou avisando, custa 20 dolares cada, e liguei para casa...

- Alô, Alô? - disse minha mãe no telefone.
- Oi mãe, é o Gutto.
- Oi filho, que bom que você ligou, como você está?
- To bem, agora já acostumei com tudo aqui, ta tudo bem aí em casa?
- Ta sim filho, tudo na mesma, aqui não muda muita coisa não...
- Hum, mas mãe te liguei pra dizer sobre o salário aqui...
- A é? Você recebeu já?
- Recebi hoje mãe, e liguei pra dizer que esse mês não vou poder te enviar nada porque o salário veio muito diferente do que pensei que viria...
- Como assim filho? Não ia receber uns 2 mil dólares mensais?
- Então, eu também pensei que seria isso, mas deve ter acontecido alguma coisa, eu recebi sabe quanto?
- Fale filho, quanto?

Respirei fundo para falar, e soltei:

- 456 DÓLARES! Acredita nisso mãe, só 456 DÓLARES...
(gente não desanimem, acompanhem a história para saber o motivo viu hehehehe)

- Mas não tem problema filho, deve ter um motivo pra isso, o importante que você ta firme e forte aí, to orgulhosa de você, muito!

Ela me quebrou quando disse isso, tentei segurar mas não deu, comecei a chorar.
- Mão to morrendo de saudades, to morrendo de saudades mesmo, você faz muita falta pra mim, as crianças também...

Nem preciso continuar contando o restante do telefonema, foi só suspiros e soluços.

Passou algum tempo fui percebendo portas batendo e pisadas fortes no corredor. Abri a porta da minha cabine pra ver o que estava acontecendo. Eram os outros camareiros, ou cabinistas (como dizem no navio), revoltados pelo salário que havia pego. Nessa hora ouvia-se apenas xingões e palavrões baixos. EU fechei a porta e preferi deitar um pouco pra esquecer tudo aquilo. Então o pensamento veio em minha mente.

- Será que isso tudo vale a pena mesmo?

No dia seguinte, na hora do almoço, a maioria dos camareiros brasileiros estavam juntos na mesa, e o assunto não poderia ser outro a não ser o salário. Ninguém ficou satisfeito com o que havia ganho, e uma das meninas, a mais velha que falou "Meu Deus" quando viu meu comprovante de pagamento, já havia pedido as contas, ela iria desembarcar no sábado, voltar para Curitiba.
O sábado chegou e ela se foi, mas uma baixa no housekeeping, e para que não houvesse mais isso, pedidos uma reunião com o nosso chefe, esplicando o POR QUÊ daquele salário.

O pedido foi aceito. Estávamos todos na reunião, todos os 70 camareiros, já com uma das meninas novas, que entrou para cobrir os que sairam, chamava-se Teresa, era seu segundo contrato. Chefe Eldon chegou com alguns papéis, e os seus fiés escudeiros juntos ao lado do chefe.
Aí a reunião iniciou.

Ya lo sei que ustedes todos no eston felices pela plata que receberam ahora, entonces voy a explicar:

Ele falou sobre a comissão e sobre o fechamento do mês. Na Pullmantur, o mês salarial se fecha no dia 20, então nós que chegamos no dia 6, e iniciamos o trabalho no dia 7/12, recebemos apenas 13 dias, e desses 13 dias, apenas uma semana comissionada. Pois a primeira semana não havia passageiro nenhum, então, o que fez com que essa semana fosse calculada em cima do salário base para camareiro/cabinista que é de 1115 dólares. Além disse tiveram descontos de vocês, de 200 dólares, referente ao seguro passagem, que é devolvido no final do contrato, e os gastos do seu crew pass. Além de camisa de calça do uniforme, para quem não tinha.

Ninguém havia lido mais nada além dos números baixos do salário, então todo mundo analisou melhor o comprovante, e viu realmente que haviam bem mais números ali, e haviam descontos e tals. Então agora vendo tudo aquilo, e sabendo que recebemos apenas por 13 dias trabalhados, o salário estava muito bom.
Então para ter certeza de tudo, perguntei ao meu chefe o quanto recebíamos de comissão por passageiro, ele respondeu.

Vocês ganham 17 dólares por passageiro em sua sessão, se na semana do primeiro cruzeiro, que é o que foi pago nesse salário, vocês tiveram uns 35 passageiros, calculem 17 por cada, e depois dividam 1115 por 4 e no final somem os dois resultados, diminuam os descontos de crew bar, seguro passagem e uniforme e vejam o que dá, se estiver errado me procurem que levo vocês ao chefe de contas do barco para um calculo de analise.

Eu fiz os meus calculos: Tive 32 passageiros, 32 x 17 = 544 dólares por aquela semana, dividi 1115 por 31, deu 36 dólares por dia, e fiz isso vezes os 6 dias que trabalhamos sem passageiro, 216. O salário deu 760 dólares com esses cálculos, então foi a hora de descontar, 200 do seguro passagem ( que realmente é devolvido quando você vai embora), mais 40 da calça do uniforme que tive que comprar uma a mais, e 46 de crew bar, era 1 dólar cada cerveja no navio.
Resultado: me sobraram os exatos 456 dólares que estavam guardados na minha cabine.

Senti uma alívio tremendo quando calculei tudo aquilo. Então passei a anotar todos os passageiros que eu tinha, semana a semana para comparar com o salário do final do mês, atém então eu estava com bastante passageiros, devido as datas comemorativas de Natal e Reveillon, que o navio lotou. E que semanas difíceis foram elas.

Eu nunca havia passado Natal longe da minha família, Ano Novo sim, mas Natal na minha família é sagrado, e foi o primeiro que passei longe. Os passageiros nos desejavam um "Feliz Natal", eu sorria, apenas pra fora, porque por dentro estava bem desanimado com aquele dia, imaginando como estava a entrega dos presentes no Amigo Secreto que acontece todo ano na casa da minha avó. o Crew Bar esse dia de Natal foi pura tristeza, todo mundo desanimado, querendo que aquela noite passasse logo e o dia seguinte mais ainda, para que chegasse o dia 26, um dia normal como outro qualquer no calendário.
Lembro que abri meu email, e entrei no orkut, para ver os recados dados a mim, haviam muitos me desejando sorte, força e um "feliz natal", mas o que mais me chocou foi o do meu amigo, o Bruno, que estava embarcado pela Ibero Cruise, que fez a entrevista lá, lembram? Então o recado dele era assim, na verdade um depoimento:

"Amigo, espero que esteja tudo bem com você aí, pois comigo não está. Aqui está tudo muito difícil, a comida é ruim, e eu até agora não tenho sessão, minha chefe chama-se Radka, ela é legal até, mas não me deu sessão ainda, eu estou só ajudando os outros, ela diz que eu sou muito lerdo pra ter uma sessão ainda. Além disso, eu fiquei enjoando por 15 dias, vomitei horrores, então só to mandando esse depoimento pra você pra lhe contar que amigo, me perdoa mas eu FRACASSEI, já assinei meu Sign-off e estou indo pra casa dia 23."

Quando li o depoimento era dia 26 já, então nem pude mandar nada para que ele mudasse de idéia.
O Ano novo foi mais animado no navio, foi o dia que bebemos muito, e no outro dia em vez de entrarmos as 9 como de costume em dia de navegação, entramos as 10, com permissão do nosso chefe Eldon. Foi ótimo.

Mas ali no meu caderninho o que me vinha de melhor recordação era o número de passageiros mesmo, que estavam altos.
Já era meio do mês de janeiro, não havia tanto passageiros como esperávamos, mas o que mais nos animava era que faltavam apenas 1 mês e meio para irmos para a tão esperada EUROPA.
E foi referente a ela mesmo que estavam comentando certo dia de janeiro no Crew Bar.

"- Dizem que nem todo mundo vai para a Europa, que só quem eles acharem melhor, o resto é mandado embora no final da temporada brasileira..."
" - Diz que só vai 10 de cada setor..."
" - Meu chefe já disse que terá cortes..."

Eram os comentários do pessoal dos outros setores, a galera do bar e restaurante tava temendo a dispensa, e pra gente, do Housekeeping, ainda não haviam falado nada. A grande verdade é que nosso chefe Eldon podia xingar, gritar, brigar, mas sabia que todo mundo estava ali porque precisava de dinheiro, então nunca mandou ninguém embora. Já os chefes dos outros setores não eram tão bons quanto.
Então realmente falaram de cortes no restaurante, porque precisavam de pessoas mais rápidas, alguns dos garçons não estavam acompanhando o ritmo do trabalho, isso refletia no comentário do passageiro, e o percentual ia direto para a diretoria da empresa, graças a Deus o setor com melhor desempenho era o nosso, acho que por isso não havia cortes no nosso departamento.
A dica foi dada, e a galera do restaurante estava preocupada com isso. Foi quando conheci melhor um dos rapazes mais interessantes que falei no navio, não pela beleza algo do tipo, que também não deixava de ser interessante, mas sim pela história de vida dele.
Estávamos no bar comentando sobre o que estavam falando que iriam mandar uma galera do restaurante embora, ele disse que não estava com medo, que confiava em Deus, que se fosse para acontecer de ele ser mandado, não se importaria, pois algo melhor estaria esperando ele fora dali.
A fé dele no próprio destino era comovente, então começamos a conversar e perguntar o que fazia antes de chegar ao navio, se já havia pensado alguma vez na vida sobre estar ali.
Eu falei:

- Cara eu nunca pensei que fosse trabalhar em navio, nem quando eu era criança, e olha que eu sempre fui de pensar sobre o que fazer, sabe quando a gente é moleque né, que falamos em ser médico, astronauta, artista de teve, pensei em tudo isso, menos "marinheiro" hehehehe...
Eu ri, mas vi que ele continuou sério e um pouco deprimido.
- O guri, que aconteceu, ta sério?

- Nada não guri, é que eu lembrei de uma coisa...
- O que, vai dizer que quando você era criança você pensou em ser marinheiro?

Ele olhou diretamente nos meus olhos, os olhos dele estavam molhados, mas não estavam tristes, havia algo vitorioso ali dentro daquele olhar, foi quando ele passou a responder o que eu disse.

" Na real Gustavo, eu não pensava nem que eu estaria vivo quando chegasse nessa idade, eu quando era criança vivia com medo, mas tudo mudou depois de um tempo."

Eu, o mais curioso, perguntei o que acontecia, ele me contou.

"Minha mãe faleceu quando eu tinha 5 anos, meu pai ficou bem de cara e ele começou a beber todo dia depois que ela morreu, eu tinha um irmão mais novo, e eu e ele ficávamos em casa sozinhos, até ele chegar bêbado, batia na gente, culpava meu irmão mais novo. A gente vivia chorando e tals, mas eu comecei a estudar e fazer amizades, então eu pegava meu irmão e a gente ia brincar na casa dos meus amigos de colégio, tentar ter uma infância legal, porque em casa era foda piá... Daí pra piorar ele quando eu tinha uns 9 anos, arranjou uma mulher lá, ela foi morar com a gente. Eu morava em um morro lá perto da rodoviária de Floripa. E morava bem no alto. Meu pai conheceu essa mulher em um bar, então imagina, era igual ele, bebia e ficava só fazendo zona, não melhorava em nada. Eu brigava com ela todo dia, pois ela não fazia nada em casa, parecia um chiqueiro e manda eu e meu irmão ficar limpando, fazia meu irmão faltar aula pra ficar fazendo as coisas pra ela. Eu a odiava. Falava pro meu pai sobre o que fazia, ele me batia e dizia que se eu não tava satisfeito eu que fosse embora. Eu morria de vontade de fazer isso Gustavo, só não ia por causa do meu irmão menor..."

Nessa parte da história eu já estava quase chorando, ele contava olhando diretamente pra mim, e eu não tinha o que falar, apenas o ouvia com toda atenção do mundo... Ele continuou.

"Um dia voltei pra casa e não encontrei meu irmão, perguntei pra mulher do meu pai lá e ela nem me disse nada, fui saber só a noite pelo meu pai que ele falou pra minha vó pegar ele porque a gente só dava despesa pra ele e agora com a mulher dele lá não dava pra ficar com os dois lá, e eu já tava crescendo e podia trabalhar ele não."

- Nossa piá, que foda... - era o que podia comentar, pois não havia conhecido nenhuma situação parecida até então... deixei ele continuar...

"... mas daí foi pior piá, ele me batia todo dia quase, porque eu além de estudar tinha que fazer tudo em casa, lavar roupa e tudo piá, e se ele chegasse e não tivesse feito, ele me batia. Daí comecei a trabalhar, entregar panfleto pra mercados perto de casa, e ele pegava todo o dinheiro, e ainda tinha que chegar e fazer as parada em casa. Um dia voltei sem dinheiro porque eu não tinha ido entregar panfleto, fui fazer trabalho de colégio. Falei pra ele e ele não me ouvia, me bateu muito piá. Eu falei que ia embora de casa, e fui. Só fiquei ouvindo ele gritar, volte aqui, volte aqui, eu passei a noite fora, mas passei frio, e decidi voltar pra casa... Quando eu voltei Gustavo, meu pai tava me esperando, ele tava com um pedaço de pau velho, tipo saindo aquelas ferpas de madeira sabe. Ele me fez ficar só de cueca, eu tinha 11 anos piá, ia fazer 12, me bateu, me bateu que me tirou sangue, me deu soco, na cara, eu fiquei atirado no chão, esse foi o dia que consegui sentir um pouco de compaixão pela mulher dele, foi ela que segurou ele, senão eu acho que ele tinha me matado, por isso eu digo que quando eu era criança eu nem sabia que estaria vivo hoje. Depois que ele parou de me bater, viu eu todo cheio de sangue e falou... "VOCÊ QUERIA IR EMBORA, AGORA VAI, AGORA VOCÊ VAI, PORQUE AGORA EU NÃO QUERO VOCÊ AQUI, VOCÊ NÃO IA EMBORA ANTES DE RECEBER O QUE MERECE POR FICAR ME DESAFIANDO"...
"Nesse dia foi o último que vi meu pai, dormi uns 3 dias na rua, sem nada, foi quando uma freira me encontrou e me levou pro Lar (não lembro o nome que ele disse, mas era de floripa msm), e agora to aqui. Nossa piá lá eu vive até ano passado, agora moro sozinho no centro ali, num quarto, mas to de boa, e depois que comecei a confiar mais em Deus do que nos homens, nunca aconteceu nada de mal pra mim depois que deixei as coisas acontecerem. Se os caras me mandarem embora, sei que Deus tem um futuro melhor pra mim, igual quando meu pai me mandou embora de casa, tudo melhorou na minha vida..."

Ele havia terminado de contar, meus olhos estavam cheios de lágrimas, mas eu disfarcei para que não o constrangesse. Ele ao final de tudo questionou:

"- Nossa, nem sei o porque que eu contei tudo isso pra você"...
- Sei lá, você se sentiu a vontade pra contar pra mim, e nem se preocupe guri fica entre a gente de boa..."

"- De boa Gustavo, você é gente fina mesmo... Mas a vida é essa, tem coisa que não é a gente que decidi né, vamos ver se tiver o corte mesmo e me mandarem, a gente tem que pegar o contato um do outro, pra manter, e também quero o contato daquela tua amiga gostosa lá hein (ele tava falando da Dani)...."

Foi nessa hora que passamos a falar de mulheres, claro eu no trucão, e ele falando das camareiras, mas na minha cabeça a história de vida dele ficou impregnada, fiquei alguns dias com aquilo na cabeça. Eu pensava:

"tem gente aqui reclamando da comida, do trabalho, nossa, quanta gente não tem nada pra comer? Quanta gente gostaria de ter um trabalho, ou até mesmo de ter saúde para trabalhar?"

Sem perceber, aquele assistente de garçon, assistant waiter, fez com que eu firmasse minha vida no navio, que eu realmente não desistisse por nada, e a história dele fez com que eu mantivesse uma reflexão profunda sobre valores da vida...

Me segurei muito tempo e não contei a história dele a ninguém, estou compartilhando com você pois aqui ele está como anônimo. E com certeza, com o desejo, fé e perseverança do garoto, ele deve ta muito melhor que eu e muitos outros aí que ainda reclamam da vida, sem ao menos ter vivido o lado realmente ruim dela.

Essa história refletiu até no meu modo de trabalho, eu passei a trabalhar melhor, e isso me rendeu resultados bons, incluindo uma inspeção com o Morazam e Curt, que levei a melhor nota do deck, nada havia ficado pra trás, estava tudo muito limpo. Com aquela história toda de quem vai ou não para a Europa, me senti mais seguro, pois meu trabalho estava sendo bem avaliado.

E um cruzeiro antes do final do mês, nosso chefe Eldon fez uma reunião. Eu pensei que era uma reunião comum, que ele fazia toda semana antes do embarque do cruzeiro seguinte, mas a pauta da reunião era outra. Ele enrolou um pouco mas soltou.

"La Pullmantur vai empezar con un crucero pelo Atlantico, con passageiros Portugueses, e necessitam de personas que hablam portugues, entonces pediram que yo lles mande algunas personas, entonces quiero que las personas que desejam ir, firmem los nombres aca, la hoja estara en la oficina hasta mañana."

Isso assustou a todos. Alguns de nós iriam de transferência para outro barco, com cruzeiro pelo atlantico, com passageiros portugueses, ele nos deu a chance de nos voluntariar, mas independente disso, iriam pessoas de qualquer jeito. E foi nessa jogada que achamos uma solução para o tititi sobre a Europa.

Após a reunião, os camareiros mais chegados, todos brasileiros é óbvio, me chamaram para uma reuniãozinha nossa no crew bar...
Trabalhei ansioso para o tal encontro, e quando cheguei no Crew Bar, estavam todos lá. Dani, Marli, Fran, minha Help Lu, Sandrinho, Denilson, Gale, Bruno, e mais uma galerinha. Só sei que no total estávamos em 13 pessoas.
Então a máfia surgiu.
- Qual é plano?

NO PRÓXIMO POST TUDO SOBRE A MÁFIA EUROPÉIA HEHEHE, GALERA CONTINUEM ESCREVENDO E COMENTANDO ISSO EM EMPOLGA MAIS A ESCREVER, E A GALERA QUE TA COM DÚVIDA OU QUER QUE EU FALE SOBRE ALGUM CARGO DO NAVIO, FALAREI, FAREI UM VIDEO RESPONDENDO TODOS OS COMENTÁRIOS E PERGUNTAS DE VOCÊS. FAÇO ISSO A CADA 10 CAPÍTULOS. ENTÃO VÃO MANDANDO AÍ QUE LOGO JÁ SERÁ RESPONDIDO. DIVULGUEM E SIGAM ALI DO LADINHO..... vlw rapaziada....
TENSO A HISTÓRIA DO PIAZÃO NÉ? hehe mas me ajudou penkas!

FOTO : Galera família minha no navio!